O livro O Segredo do autor Ronda Byrne demonstra o que é a lei da atração e que, devido a ela, semelhantes se atraem e o ser humano se torna exatamente aquilo que pensa que é, ou seja, ou que você visualiza em sua mente é o que você é.
A linguagem do livro é permeada de clichês e recheada de mensagens subliminares e impactantes, figura de linguagem muito utilizada na linguagem publicitária com intuito de persuadir e convencer o leitor a comprar algo, ou a realizar algo. Os verbos neste tipo de texto, em sua maioria, apresentam-se no modo imperativo: Vá! Faça! Seja! Ou as frases apresentam uma linguagem gasta carregada de um otimismo alienante. Temos como exemplo frases como: Você é o ímã mais poderoso do Universo! Você é o que você pensa! A inserção desse tipo de literatura – auto-ajuda – numa estrutura de produção industrializada pode ser considera alienante porque não permite ao leitor a intelecção com a obra, as frases prontas já pensam pelo leitor, visto que a linguagem desse tipo de obra é de fácil entendimento, e é principalmente e realizada para um não leitor (como se fosse a um produto em escala industrial), basta observar como cada capítulo apresenta um resumo com suas frases feitas e impactantes que deixa o leitor eufórico após a leitura, e também porque diz exatamente o que ele quer ouvir: mensagens otimistas e impactantes. Esse tipo de literatura passa a ser um produto da indústria cultural somente para vender, descartável, perecível: como qualquer outro produto. A cultura de consumo se transformou numa das principais instâncias mundiais de definição de legitimidade dos comportamentos e dos valores. Ou seja, o "sucesso” comercial legitima a manifestação cultural, portanto é alienante.
A concepção idealista, da lei da atração apresentada acima, habitua os homens a se posicionarem passivamente em relação ao mundo que os cerca. Seguindo esta perspectiva quando a existência é abalada por situações ruins isto se deve graças aos maus pensamentos e situações boas a bons pensamentos. O problema decorrente da fé cega nesse tipo de leitura é entrar num processo de alienação enganoso que, passada a euforia, será frustrante e decepcionante, pois mudanças na vida acontecem mediante atitudes e não mediante ilusões, tornando assim, o individuo mais passivo e indiferente diante dos problemas mundo e cada vez mais alienado.
4 comentários:
Esse livro (e o filme) O Segredo viraram uma febre... Há os que amam e os que odeiam. Os que admiram e os que desprezam.
Você fez uma análise brilhante da coisa toda. Essas promessas de felicidade e de "tudo dar certo" baseado em pensamentos positivos a mim parece uma farsa.
Vou ficar sentada na minha cadeira o dia inteiro tendo pensamentos positivos, quem sabe alguém paga minhas contas... Nada.
O querer tem que ser acompanhado da firme vontade de realizar e também do trabalho neste sentido. Pra mim, nada veio fácil nessa vida. Se eu não fizer acontecer, não acontece.
Então não acredito em nada disso que o livro prega.
Tudo que acontece na nossa vida é fruto das nossas ações ou omissões.
Penso assim.
Adorei sua análise,
Beijos
Carla
Sempre você está certa!
O que nós somos, o que nós fazemos, clichê sermos o que pensamos; quanto pensamento irracionais temos; porém agimos sempre pela nossa razão, pela nossa educação, conivcção nem sempre pelo bem pelo mal, mas agimos, somos os nossos atos, o que nós fazemos, somos o que somos, não o que pensamos, livros como esse é tão vago como a frase: "penso logo, logo existo". Não é o fato existencial em sí, que demonstra a existencia verdadeira, porém as consequencias; se não o que valeria ser nós mesmos, e buscar a verdade através de pensamento sem produzir nada?
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