terça-feira, julho 10, 2012

Porque eu sempre estou na natureza selvagem


Sou daquele tipo de pessoa que adora o acaso. Desde pequena. Daí veio meu interesse pela formação do universo #BigBang. Gosto da possibilidade do acaso trazer o caos e depois uma certa ordem aqui dentro...e todas as possibilidades de formação de outro universo. Há uma supernova sempre há explodir por aqui...

Bem todo essa analogia do acaso pra dizer que um amigo querido me indicou o filme chamado “Na natureza selvagem” e quando chego em casa, pra minha surpresa/felicidade, meu irmão havia trazido-o para assistirmos juntos. Este é aquele tipo de acaso que não se pode deixar escapar, né? #pressagios

O filme na Natureza Selvagem (2008) do Sean Penn chegou ao meu coração de maneira sutil... E formas assim, doces, são inesquecíveis, não há nada mais perigoso que um punhado de sutileza.  A película conta a história de  Christopher McCandless (Emile Hirsch), um pequeno burguês, cansado da mesmice da sua vida, cheio das conveniências sociais, das relações pessoais falsas, da falta da verdade, recém-formado e com um futuro promissor, pois fora admitido em direito em Harvard, desiste da sua vida como está, doa sua bolsa-escola para os famintos e resolve viajar pelos EUA para se encontrar e enamorar-se da liberdade.  

Christopher viaja pela Califórnia, Arizona, Dakota do sul, até chegar no ônibus mágico( lugar onde vive seus mais felizes e trágicos momentos), conhece pessoas as quais mudam sua vida, mas ao mesmo tempo ele não  deseja  apegos sentimentais e sempre parte focado na sua busca de si mesmo e da liberdade. O personagem deixa claro para os expectadores que a liberdade é inversamente proporcional ao verbo TER e aos sentimentos. Ser livre é não ter nada.
Auto-Retrato feito no ônibus Mágico ( última foto no local)

O filme inicia com este verso:

“ Há tamanho prazer nos bosques inexplorados
Há tal beleza na praia solitária
Numa sociedade que ninguém invade
Nas profundezas do oceano, e na música em seu rugir;
Não  que eu ame menos o homem, mas a Natureza, mais...”
( Lord Byron – cena de abertura do filme)

Logo com os versos, nas primeiras imagens, há  uma sucessão de sentimentos, sensações e uma liberdade sem limites  nos possuindo durantes os takes ( vô falá: o diretor de fotografia desse filme é fenomenal, pois quase sempre, a blogueira aqui,  estava sem ar)... Assim como em determinadas cenas habitada por toda a angustia  do mundo, pois somos dialéticos na essência.

Após dois anos viajando pelos EUA, o garoto decide por fim na sua viagem e fazer a maior de todas as suas aventuras:  partir rumo ao Alasca. O diretor divide o filme em fases – capítulos-: Nascimento, Adolescência, Adulta, Morte ( com eufemismo de Sabedoria) e em cada um desses capítulos a gente descobre um pouco da verdade que habita nós mesmos. É como se resgatássemos um instinto perdido... Não sei dizer, mas a natureza grita em algum lugar onde o descompasso cardíaco é mais forte.

Numa cena brincando com os cavalos no alto de uma colina, Christopher grita para o mundo que nunca havia passado dias tão felizes como estes, nos quais ele não tinha um tostão. É uma cena singular... regada a uma trilha sonora composta pelo lindo do Eddie Vedder . Trilha sonora melancólica, mas que vale toda uma vida, detão linda.  Ouça a trilha aqui. (clique)

Se o filme vale a pena? Digo que só experimentando... porque além de uma obra rica esteticamente é uma viagem dentro da gente mesmo, quer arriscar acordar o  animal que habita você? Se sim: é imperdível! #FicaaDica

“ A felicidade só é verdadeira se compartilhada” Christopher
Trailler: 

3 comentários:

Attila disse...

Daniela que lindo. Creio que amanhã mesmo vou assistir a esse filme. Lindo texto seu e vivência também. É isso...

Anônimo disse...

Ela-Daniela,a moça de fita no laço na cabeça que mexe com a gente. Vc é tão apaixonante, Dani...não em noção.

Anônimo disse...

Acasos... nem sei se chamo de acaso!!! Pois quando acontece, uma especie de força invisivel, uma magia, nos deixa reféns do destino!!! Por mais que acreditamos e somos donos de nossas escolhas, estaremos sempre sujeitos a encontrar pelo caminho esses novos atos (como mudanças de cenas da vida) e deixar que as palavras digam: é como se fosse pela a vida inteira o que aconteceu a instantes atrás... E podem realmente nos acompanhar por todo o caminho... por toda vida!!!

V