Let
me take you down
‘cause I’m going to strawberryfields
nothíng is real, and nothing to get hung about
strawberry fields forever
Lennon & McCartney: “Strawberry fields forever”
‘cause I’m going to strawberryfields
nothíng is real, and nothing to get hung about
strawberry fields forever
Lennon & McCartney: “Strawberry fields forever”
Aquele gosto azedoce de morangos silvestres
me remete a Bergman. E a busca da infância
perdida para tentar entender a falta de amor no mundo. E a vida que foi, mas
não foi...Sempre vazia. E o que salva são exatamente as lembranças de uma infância nos
campos de morangos... Campos cheios de sonhos, vermelhos, verdes e o horizonte
a perseguir. Lembro-me que quando era
pequena, uma das minhas obsessões era o horizonte... Sonhava chegar nele
primeiro que todos.
Do horizonte vieram os morangos.
Eles sempre foram um tipo de fruta exótica para mim, desde sua forma, a cor, as
pintinhas/sementinhas e o verde... O gosto impar: um azedinho doce. O gosto do
morango é dialético! Talvez seja isso
que levou Bergman a escrever um filme que fala de solidão, da vida vazia, onde tudo
parecia claro quando se lembrava dos morangos da infância. Pois é exatamente na
infância que ficam os (des)sabores para vida.
Às vezes tenho medo dos morangos
mofados. Porque eles não seriam mais azedoce e sim armazedoce. O amargo me deixa
confusa e por mais que eu adore sabores diferentes, ele me parece como um
castigo. Como se fosse uma nevoa nos morangos da infância.
Um comentário:
música, sabores, cheiros, lambranças, filmes... alguém nostálgica? dialética? confusa? o mundo é complexo demais?
Postar um comentário