quarta-feira, abril 20, 2011

Nota de uma aspirante a escritora e admiradora incondicional da arte e de qualquer forma de livre expressão


Pela primeira vez escutei a voz de Camus. Ouça aqui. Há coisas incomparáveis na vida, de tão simples não sabemos dar o valor que elas merecem ou mensurar a importância ou influência delas em nossas vidas. E eu não sei medir o quanto isso foi importante para mim, só dizer que foi...

Confesso: mais ou menos, do final do ano para cá; ando sobre forte influência de Dostoiévski, Camus e Nietzsche. E isso tem refletido nos meus textos, na minha maneira de me comunicar e de interagir com o mundo.  Algumas coisas mudaram em mim. #fato Porque depois de ler, principalmente Dostoiévsk, não há como a vida ser a mesma, ou sermos a mesma pessoa. Uma vez disse para um amigo que 20 anos de terapia, ainda assim, não se compararia a leitura de Crime e Castigo. É assim... A literatura, enquanto a arte, é uma das  únicas maneira de salvação que conheço, além do amor.

Hoje, pedi para meu irmão ler um conto meu sobre a vida. E ele me disse que via muito de Camus no meu conto. Assim como vi em “A queda” de Camus muito de Dostoievski. Assim é a literatura como outras formas de arte, há sempre uma referência para o processo criador. Senti-me feliz por ser influenciada por tão boa literatura e por meu conto remeter a um escritor que é mais que uma referência  literária, é um ícone de vida.

O que mais gosto na vida são essas descobertas, quando não se espera mais nada, sempre somos surpreendidos pela arte. Porque é exatamente nela que reside o maior manifesto de expressão da humanidade: sem máscaras.

Hoje depois de ouvir Camus ler “O Estrangeiro”, algo mudou em mim. Não sei dizer o que precisamente se modificou, mas eu não sou a mesma Daniela do inicio do dia. #fato Agora me habita um desejo secreto de que alguém, com voz tão impressionista como a de Camus, leia para mim... Abrindo toda imaginação possível e compartilhada, porque a vida grita.

Nota da Daniela: Esse desabafo só para dizer que sem a ação de escrever eu não seria ninguém. Que sem as minhas leituras seria alguém a vagar solitária e vazia pela vida: Somente existiria e não viveria. #descobrindoamimmesma

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