A dica de filme desta semana é uma homenagem ao grande sociólogo Florestan Fernandes, que morreu em São Paulo há 15 anos, em 10 de agosto de 1995. Florestan era marxista na alma, tanto que durante seu velório seu caixão foi coberto pela bandeira do MST, por isso somente um filme me vem a cabeça: Diários de Motocicleta do Walter Salles.
Para mim, Walter Salles é um dos melhores diretores brasileiros, pois ele é sensível, inteligente e capta como poucos as expressões das pessoas envolvidas em seu contexto social fazendo com que este se torne secundário diante do drama humano e vice-versa, com uma versalidade e magnitude que enchem os olhos de quem aprecia suas obras.
Diários de motocicleta desmitifica o mito Che Guevara, pois o filme foca no jovem sonhador e altruísta Ernesto (Fuser) antes de ser revolucionário, trabalha o que levou um estudante de medicina de classe média e carreira promissora a se tornar um guerrilheiro. Estamos falando, portanto, de um filme bastante humano e simples em sua forma e muito profundo em sua sensibilidade. Um filme pautado por pequenos incidentes, pequenos atos de amor e ajuda, mas nada de atos heróicos. Apenas a descoberta de si, do mundo, das injustiças, do amor ao próximo, do valor do homem e da América Latina- tão estrangeira para nós-. As cenas do filme são rodadas na América do sul e nos apresenta um continente esplendoroso, proporcionando a sua descoberta juntamente com Fuser. É como se a América Latina estivesse tentando voltar à origem, reencontrar sua inocência e sua inspiração. Nada mais apropriado nesse contexto do que resgatar a figura de Che para nos encontramos.
O filme é baseado nos escritos de um caderno de Ernesto Guevara e Alberto Granado, realizados durante a viagem da dupla pelos países da América latina. A viagem, sem ambição alguma a não ser pela experiencia de vida que lhes proporcionara, acaba transformando-os profundamente quando entram em contato com a miséria e injustiça espalhadas pelo continente. Os olhos de Guevara seriam abertos para que ele se transformasse na figura pela qual todos os conhecem hoje em dia.
Vale ressaltar a excelente atuação dos protagonistas: Gael Garcia Bernal, que atua como Che Guevara e de Rodrigo de La Serna como Granado, o qual facilmente poderia ter roubado todas as cenas, que transita entre a comedia e o drama naturalmente, sabendo a hora de dar um passo para trás e deixar a história tomar seu rumo. A química entre os dois, essa então é um prazer de assistir. O filme é imperdível: uma lição de vida, de ternura. Alias, acredito que começo a entender aquela frase famosa do Che revolucionário – não me lembro como se fala em espanhol, mas é algo mais ou menos assim: “ posso endurecer, mas perder a ternura jamais” Isso ele mostra o filme todo e durante toda sua curta vida: amor ao próximo e a luta pela igualdade.
E viva Walter Salles que soube como ninguém recriar as aventuras de duas vidas escritas num diário de forma tão bela. O filme fica como homenagem a um dos homens que mudou minha visão de mundo: Florestan Fernandes, o qual divide comigo duas grandes paixões: o marxismo e a admiração por Ernesto Guevara.
Para mim, Walter Salles é um dos melhores diretores brasileiros, pois ele é sensível, inteligente e capta como poucos as expressões das pessoas envolvidas em seu contexto social fazendo com que este se torne secundário diante do drama humano e vice-versa, com uma versalidade e magnitude que enchem os olhos de quem aprecia suas obras.
Diários de motocicleta desmitifica o mito Che Guevara, pois o filme foca no jovem sonhador e altruísta Ernesto (Fuser) antes de ser revolucionário, trabalha o que levou um estudante de medicina de classe média e carreira promissora a se tornar um guerrilheiro. Estamos falando, portanto, de um filme bastante humano e simples em sua forma e muito profundo em sua sensibilidade. Um filme pautado por pequenos incidentes, pequenos atos de amor e ajuda, mas nada de atos heróicos. Apenas a descoberta de si, do mundo, das injustiças, do amor ao próximo, do valor do homem e da América Latina- tão estrangeira para nós-. As cenas do filme são rodadas na América do sul e nos apresenta um continente esplendoroso, proporcionando a sua descoberta juntamente com Fuser. É como se a América Latina estivesse tentando voltar à origem, reencontrar sua inocência e sua inspiração. Nada mais apropriado nesse contexto do que resgatar a figura de Che para nos encontramos.
O filme é baseado nos escritos de um caderno de Ernesto Guevara e Alberto Granado, realizados durante a viagem da dupla pelos países da América latina. A viagem, sem ambição alguma a não ser pela experiencia de vida que lhes proporcionara, acaba transformando-os profundamente quando entram em contato com a miséria e injustiça espalhadas pelo continente. Os olhos de Guevara seriam abertos para que ele se transformasse na figura pela qual todos os conhecem hoje em dia.
Vale ressaltar a excelente atuação dos protagonistas: Gael Garcia Bernal, que atua como Che Guevara e de Rodrigo de La Serna como Granado, o qual facilmente poderia ter roubado todas as cenas, que transita entre a comedia e o drama naturalmente, sabendo a hora de dar um passo para trás e deixar a história tomar seu rumo. A química entre os dois, essa então é um prazer de assistir. O filme é imperdível: uma lição de vida, de ternura. Alias, acredito que começo a entender aquela frase famosa do Che revolucionário – não me lembro como se fala em espanhol, mas é algo mais ou menos assim: “ posso endurecer, mas perder a ternura jamais” Isso ele mostra o filme todo e durante toda sua curta vida: amor ao próximo e a luta pela igualdade.
E viva Walter Salles que soube como ninguém recriar as aventuras de duas vidas escritas num diário de forma tão bela. O filme fica como homenagem a um dos homens que mudou minha visão de mundo: Florestan Fernandes, o qual divide comigo duas grandes paixões: o marxismo e a admiração por Ernesto Guevara.
Veja o trailer do filme: Diarios de Motocicleta - Walter Salles
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