quinta-feira, agosto 19, 2010

Aquarela ou caixa de lápis de cor?


Antes do pôr-do-sol quero escrever este post. Talvez porque o girassol tenha urgência do amarelo e do dia. Talvez, você ache meu sentimentalismo bobagem e nem queira ler este post, mas mesmo assim escreverei a você uma coisa que não sei se vai ler. Já são 13h e o sol ta cada minuto mais distante de nós. A vida urge e a tinta pode acabar!

O fato é que não consigo parar de pensar em você. Não porque você é charmoso demais, bonito, simpático ou gostoso demais, não é isso... É algo além, que não consigo descrever... Talvez a mistura do amarelo com o vermelho, perto do crepúsculo conseguiria traduzir o q quero falar agora e não acho palavras e nem campo semântico para utilizar sinônimos. Se bem que eu odeio sinônimos, porque nenhuma palavra pode ser substituída( cada uma tem seu valor), e o processo de comunicação será prejudicado ou mal interpretado. Portanto, fica claro nessa pausa que eu odeio manuais de redação. Rs

Eu sou dialética e nada exata. Mesmo querendo me aventurar pela matemática para descobrir em que parte do infinito as paralelas se cruzarão, ainda assim continuo dubia. Sou uma curiosa nata, uma cientista na alma que foi podada na infância. Vivo buscando a lógica para explicar coisas sem explicação. E quase nenhuma resposta me satisfaz.

Bem, eu não paro de pensar em você porque depois de um dia indigesto você poderia ser os meus sais, o meu banho e meu pantoprazol. Não, não é só isso. É que antes de você eu sempre fui um quadro branco. Eu continuo ainda sendo esse quadro branco de tamanho indefinido. Mas pelo menos agora tenho uma caixa de lápis de cor para colori-lo. E da minha cor favorita... Amarelo! Vários tons de amarelo, laranja, vermelho...E a possibilidade do ONIRICO.

Digo isso porque ontem/hoje pensei em você. Foi mais ou menos entre às 22h de ontem até as 6h da manhã de hoje, quando acordei, quando comecei a escrever este texto. Sei que era em você que eu pensava neste intervalo de tempo porque passei a noite inteira enxergando esse futuro branco e percebi que havia um traço amarelo preenchendo ele aos poucos. E depois a possibilidade impressionista das cores.

A aquarela ta ai ou é uma caixa de lápis de cor? De qualquer maneira, não importa o meio que nos levará a pintar o mundo e sim da forma que vamos colori-lo.

Trilha sonora – Aquarela do poetinha

Um comentário:

anny disse...

Nossa, eu adorei o jeito que você escreveu esse post. Ainda não li mais textos seus, porque acabei de descobrir o seu blog, mas prometo olhar o que puder. Pelo que vi, você teve uma lógica bem legal nesse texto, achei massa, tem uma poesia nele. Eu também escrevo e tenho um blog, mas ele tá parado porque foi lá que eu comecei com a ideia do meu livro, não adiantaria escrever lá o que me dá base ou os próprios textos do meu livro. Livro por capítulos na net eu só gosto de ler o dos outros hahahahah.
Um abração! Anny.