Sobre Guarda-Chuvas
Renoir
Tenho certa obsessão por guarda-chuvas... Não é só pela nostalgia ou desejo de caminhar com meu guarda-chuva numa noite chuvosa, nebulosa e encontrar alguém... Não é só isso. É mais...
Talvez seja uma vontade clandestina de dividir o guarda-chuva com alguém... O mesmo alguém que ao me encontrar perambulando na noite fria, chuvosa e nebulosa, me diz com olhar de 360 graus:
- Daniela, divida o guarda-chuva comigo?
Eu responderia sim... Sim! De olhos fechados. Porque isto é a sina do meu coração.
Pergunto-me e se fosse um carro? Ah! Poderia ser confortável e muito mais cômodo, mas não teria a mesma emoção e os sonhos (ou os mesmos devaneios) que cabem num guarda-chuva compartilhado. E quem disse que eu quero o confortável, né?
Leonid Afremov
O guarda-chuva dividido é o que protege e molha...e se finda na pequena morte ( conhecida como abraço) e no infinito do beijo. É assim que quero caminhar...
Trilha Sonora do dia - Santa Chuva com Maria Rita
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