Comprei um livro, hoje, chamado “ O livro dos abraços” do escritor
Eduardo Galeano. O livro foi indicado pela querida Vanessa. Num momento
de tempestades ao qual estou submetida me parece um espécie de
guarda-chuva um livro dos abraços. É
como se mesmo ao vento gélido, na fúria das águas, encontrasse um guarda-chuva
capaz de me proteger em seus braços.
Li algumas partes do livro e a primeira impressão que tive é
que ele é atemporal e sem medida, como
se nunca fosse existir razão no mundo
para parar de lê-lo. E não é exagero. Abri aleatoriamente algumas
páginas e senti uma sensibilidade singular e sem possibilidades de “s”.
É um livro composto por pequenos contos e pontuações
expressivas. Parece-me um livro lírico,
denso e cheio de criticas sociais. Ele
mistura tudo, assim como deveria ser a vida. Ele é dialético na essência.
Paradoxal como nós. E consegue vencer o tempo...por ser atemporal.
O tempo
A morte é o algoz do tempo. Só ela o vence. Não adianta
fugirmos dele, nos escondermos ou pensarmos que podemos enganá-lo . Ele é o
senhor da vida. Podemos fugir até de Deus, da policia, de amores, inimigos, de
reis. Mas do tempo...nunca. E tudo em nós gira em torno dele. Menos a morte, a
qual é a única capaz de derrotá-lo.
Os Abraços
Os abraços deixo para o Galeano:
E eu estou bem no meio…do tempo e dos teus braços. E algumas
reticências nos separam por hora.
Um comentário:
É muito difícil encontrar um livro do Eduardo Galeano que possa ser qualificado com um conceito abaixo de "ótimo" rs
O "Livro dos Abraços" é justamente isso o que você bem escreveu: atemporal e lírico, deliciosamente até mesmo quando precisa "endurecer" o tom - e sem perder a ternura.
Deixo aqui o meu abraço :)
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