Há palavras que realmente fazem minha cabeça, tipo...há dias
que acordo com alguns sons na cabeça e são extremamente repetitivos. Geralmente
eles entram pelo meu ouvido esquerdo, porque estou sempre à esquerda de tudo
que entra em mim. Inclusive das palavras.
As palavras estremecem meu mundo cheio de desordem, elas
conseguem bagunçar mais meu coração. Sou um tipo de estrela que está para explodir
e quiça formar outro mundo possível. Sou o caos plausível e é neste momento
matemático que reencontro-me e escuto todas as batidas do meu coração. Porque
eu não passo disto: de um coração descompassado batendo no mundo. Sem medida.
Hoje tentei dar um passo na direção da ordem e decidi dar um
jeito no meu quarto. Fico pensado que para os psicólogos de senso comum: o meu
quarto seria a analogia da minha alma. Talvez por estas analogias toscas que
decidi parar de procurar terapia...Eu sou muito mais que uma analogia senso
comum...Bem...voltando a “amelice” do dia. Decidi arrumar o quarto porque a bagunça
tava me incomodando e eu tenho que aproveitar estes insights. RS
Na procura da ordem, encontrei alguns vinis. E descobri que
há velharias que não quero me desfazer. Não, não senhor. Achei um LP do “Roxette”
não consigo parar de escutá-lo. E a palavra que habita meu mundo é: Flor.
Talvez seja a primavera. Ou a possibilidade do cheiro...Não sei.
Sei que exatamente ás 9h40 ele veio a mim em forma de flor.
E resta a canção e todas as palavras floridas para ele que arruma meu caos
somente com seu olhar. =)
Trilha sonora do dia - roxette - fadinglike a flowers
Nota: adoro escrever
nomes próprios com letras minúsculas. RS
Pequeno dialogo da
primavera
-Oi. Trouxe flores para você.
- Olá. Lindas! Que flores são estas?
- Camélias.
-Você quer reatar? Perguntou ela sorrindo, com um olhar
insinuante e com o coração quase saindo pela boca.
- Eu sempre estive aqui. Apesar de todas as diferenças e
suas grosserias.
- Então você não me odeia? Quer dizer que você me suporta?
- O seu olhar para mim foi o inicio do mundo. E agora é hora
de renascer. E sem você não há possibilidades de primavera. Sem você eu mataria
a primavera.
- As camélias! Disse ela chorando e continuou aos soluços. Como a dama das camélias de Dumas. Ela sorriu
e o abraçou.
- Viva as camélias e saíram de mãos dadas.
2 comentários:
arrumando as bagunças do coração?
flores pra reatar, cheiros para se lembrar e um amor para viver...
o amor e o ódio parecem ser tão próximos mesmo, afinal, só se pode odiar quem te machucou exatamente pq vc amava e tinha uma expectativa de reciprocidade, não de desprezo...
bem, a primavera traz as flores de volta, os cheiros q vc tanto gosta e novas possibilidades de amarelo para o seu girassol.
bjokas
E eu vejo flores na senhorita de olhar expressivo e cheia de fitas no cabelo, a qual reclama o dia todo q o cabelo a odeia, mas não tem noção da sua beleza no descabelamento. Ou melhor vejo toda a primavera em ti, mocinha.
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