segunda-feira, dezembro 13, 2010

As peripécias da Daniela antes, durante e depois da prova

NOTA INTRODUTÓRIA: Quando eu digo que me sinto uma personagem de Fellini misturada com uma protagonista de novela mexicana as pessoas riem...Contudo é isso mesmo. #fato Rs E meu final de semana só me fez ter mais certeza disso. Rs

Bem, tudo começou na quinta-feira(09), eu cheguei a casa do William para estudar já me sentindo indisposta, o Will também estava cansado (todavia o cansaço dele valia a pena...hehehe E eu não posso revelar aqui o motivo de tanto sono...rs ), agora o meu...era aquela coisa chata: garganta raspando, corpo doendo, quase sem respirar, enfim...se eu vivesse no século 19 iria adorar sentir isso, afinal na época não se conhecia os micro-organismos e desfalecer assim seria interessante/bonito/romântico, mas eu não vivo no século 19..então...rs Bem, o fato é que eu e o Will dormimos invés de estudar. Retornei a minha casa já mal, acordei péssima e decidi procurar um médico ( e isto é em casos extremos, porque eu odeio ir a médicos) , ele me passou antibiótico e um antiinflamatório: garganta inflamada e bronquite atacada:uma viagem de 9 horas e uma prova de mais 4 horas para encarar. A coragem foi tanta que decidi vencer todo mal, amém! :)

A viagem de ida foi tranquila. Chegando em Joinville/SC eu e o Will decidimos ir até São Francisco do Sul pegar uma praia para desestressar. Talvez tenha sido a ação mais sabia que tivemos: praia, chuva, sol, cerveja e antibiótico. Enfim...Uma tarde bem simpática. E nada de arrependimentos. 


PRAIA DA ENSEADA - SÃO FRANCISCO DO SUL


Quando chegamos no hotel por volta das 21h, minha garganta havia trancado novamente. O ar me faltava e a febre voltava. Pensei: Caos!!! E proporcionado por mim. Desesperei. Tomei um banho quente. Antiinflamatório, analgésico e cai na cama. Mas não adiantou muito, acordei pior...Arrastava-me como uma cobra pela manhã. Tomei café e discuti com a mama ao telefone, colocando toda a culpa da minha situação física no antibiótico, pois amoxicilina não faz mais efeito em mim. Vesti-me de coragem e força e parti para encarar 4 horas de avaliação. 



As peripécias da Daniela antes, durante e depois da prova


Não é por nada, mas cada vez mais sentia que não era para eu estar ali fazendo aquela prova. Primeira PROVA antes da prova. Rs Chego na porta da sala onde faria a bendita, e a fiscal me diz:

- Daniela Paula Bueno( odeio ouvir meu nome inteiro), seu nome não consta na lista.
Bem...Fiquei mais branca que o normal – e olha que isso é difícil- e perguntei:
-Como não? Aqui está o comprovante da inscrição. A moça sorriu amareladamente e me disse;
-Irei te encaminhar para a coordenação do concurso da Fundação Carlos Chagas.

Chegando na coordenação fui atendida por um cabeludo bem simpático – confesso: meu tipo de homem, mas da forma que eu me encontrava: febril, cansada e com vontade de matar todo mundo, devido a situação da prova. Quase não prestei atenção no bofe, CONTUDO percebi que ele me olhava com desejo. Exatamente...e pela primeira vez na minha vida me aproveitei do fato de ser desejada. E chorei as pitangas para o moçoilo me ajudar com mais rapidez. Ele me ofereceu água, chá, café. Claro, eu aceitei tudo. E rapidamente resolveu meu problema, localizando minha prova e meu cartões de respostas( visto que eles são individualizados e sem eles não faria o concurso). O cabeludo me pediu desculpas, me acompanhou até a sala e pediu meu email. Claro que eu avermelhei, pois achei ele de uma praticidade  extrema que choquei geral. Rs Disse para ele que depois da prova passaria na coordenação para conversar com ele. Ele disse:

- Vou te esperar.
Claro que eu disse que passaria porque queria me livrar do bofe, já tinha problemas demais naquela momento. 

Entrei na sala atrasada. E todos me olharam com ódio, pois atrasei a vida dos concurseiros da sala. A fiscal começou então a distribuir as provas. Eu no meu canto com um medo danado dela falar meu nome inteiro: sofro disso quando vou a médicos, dentistas e faço prova. Queria ouvir só Daniela Bueno...Mas sempre o Daniela Paula para me relembrar da minha condição de mocinha de novela mexicana. 

Distribuídas as provas, fui colocar o chocolate na carteira e tive a capacidade motora de derrubar tudo no chão: lápis, caneta, identidade, chocolate e água. Mais uma vezes os olhares se voltaram para mim...senti-me fuzilada neste momento. Sorri e peguei tudo. E voltei para o concurso. A prova não estava difícil, mas demorei 1h40 para resolver a prova de língua portuguesa. Quando terminei não aguentava mais nada. Decidi ir ao banheiro. Levantei as mãos e a fiscal me acompanhou até o local. Para adentrar ao toalete, nós concurseiros temos que passar pelo aparelho de detector de metal. Enfim...Outro mico que paguei, devido as minhas sapatilhas. A moça passou o aparelho pelo meu corpo todo. Chegou nos pés a desgraça do detector de metal começou a apitar compulsivamente. Este foi o pior momento: todos me olhavam como se eu tivesse culpa de algo, mas eu não sabia do que e nem o motivo do negocio estar apitando. Senti-me ré. Sensação estranha...E lembrei do Processo de Kafka e de todo seu contexto: me vi no lugar do Josef K: ser acusada, considerada culpada, mas não saber o porquê. Enfim...respirei...Olhei para baixo e percebi que minha sapatilha – melissinha +bambi – tinha metal  nas pontas da bendita. Apontei-a para a moça...E todos respiraram aliviados. Fui ao banheiro, já sem vontade e com desejo de tirar o Bambi da da minha sapatilha nas unhas. Contudo o problema é que não tenho unhas e portanto desisti novamente. 


As sapatilhas e o bambi: causas da minha cara de ré.

Chegando a sala, sentei-me e tive uma crise de tosse. Não parava de tossir espirava para todo lado: um tipo de chuva viral. Rs Confesso: Ás vezes não colocava as mãos na boca para tossir, porque adorava ver a cara de nojo e medo das pessoas ao meu redor. Mais uma vez senti minha vida em perigo. Olhares raivosos me invadiam naquele momento: eu poderia ser linchada, sem exagero algum naquele instante. A fiscal veio até mim e disse:

-Você quer sair da sala? Eu respondi:
- Não, estou bem. Respirei fundo. Bebi água e fui escrever a redação, porque quando eu escrevo, é como se todos os sentidos do meu corpo não existissem, e isso me dava um certo controle sobre minha saúde naquele momento.

Findei a redação faltando 1 hora e 10 minutos para a finalização da prova e ainda tinha a parte de conhecimentos específicos e raciocínio logico para terminar. O coração disparou e mesmo com taquicardia fui corajosamente enfrentar as questões restantes. Faltando dois minutos para terminar o concurso, eu a única na sala naquele momento e com 5 questões de raciocínio logico para terminar,  a fiscal diz:

-Daqui dois minutos recolheremos a prova - gritou a moça para mim. Eu apavorada e remando contra o tempo, pois a prova de raciocíno me desafiava e eu adoro tudo que me me coloca em xeque...Queria resolve-la e não chutar nada. Mas... A moça cruelmente tirou a prova das minhas mãos faltando duas questões para eu resolver. Senti-me violentada pelas normas/regras/tempo. Para quem eu posso reclamar das coisas que regem a sociedade? Hum? Sai da sala para encontro da turma.

O fundão
E antes de voltarmos para Marília/SP, almoçamos num shopping de Joinville e eu tomei novamente cerveja com antibiótico( meu médico irá adorar saber disso). E para piorar a bebedeira, o povo do fundão, onde eu me encontro em 99% dos casos, decidiu levar cerva na viagem de volta. Imaginem? Mais de 6 horas bebendo e cantando...Até arrisquei soltar minha voz e relembrar velhos tempos. Cheguei em casa morta e pior...A garganta travou de vez e a voz quase não sai...Mas há riscos que valem a pena. #semarrependimentos
Também decidi que quero voltar a fazer concursos públicos federais. #fato e agora é correr atrás... desejo ser funcionária da Dilminha ( não como cargo em comissão e sim como servidora efetiva). Rumo ao TRE – Espirito Santo/TRT -MS e já me preparando para o concurso do Senado – Relações Públicas-.

TRILHA SONORA DE ONTEM - A CANÇÃO QUE CANTEI. :)

3 comentários:

Anônimo disse...

Carinha de dodói mais linda!
Boa sorte na prova! E eu morrendo de rir aqui com suas peripécias. (rs) Vc é ótima e tem um senso de humor maravilhoso. Adorei o relato.
Vc tb é bela! Muito bela. E nem se toca disso.

William Lima disse...

Dani
a gente passou a viagem disso e eu só soube de algumas coisas agora
hahaha
só vc mesmo...
a viagem foi ótima com vc!
vc deveria ficar mais esperta, tem um anônimo te paquerando e vc não ta dando bola pra ele!!!
bjokas

Anônimo disse...

Quero que você melhore e fiquei 100% boa logo.

PS.: Fiquei feliz que você deu um "cano" no bofe cabeludo...
PS2.: (PlayStation 2?) acho desagradável ser chamado de "bofe"... rsrsrs... (mas você, eu deixaria me chamar de qquer coisa)