terça-feira, fevereiro 14, 2012

Chocolate e paixão clandestina: a mistura para o romantismo anônimo. Um pequeno comentário sobre o filme francês : Lês emotifs anonymes, do diretor Jean-Pierre Améris

Nota de uma romântica nada anônima: Há alguns filmes que assistimos que nos proporcionam uma identificação imensa, né não? Seja com o protagonista, antagonista ou mesmo com algumas passagens da película. Enfim... O filme abaixo foi como uma tradução de mim mesma,  personificada na protagonista.  

A comédia romântica francesa “ Les emotifs  anonymes”, que em português foi traduzido para “ Românticos Anônimos” é um filme que tinha tudo para ser água com açúcar. Mas é exatamente o açúcar (no caso o chocolate), que dá outra conotação para o filme. E a analogia do amor com o chocolate, neste filme, é uma delicia. Tá  certo que esta comparação não é inédita, mas no filme em questão, o chocolate torna a vida mais leve.

Quem me indicou o filme foi meu irmão e ele me disse algo interessante, talvez a tradução do filme devesse ser “ Neuróticos anônimos”. Ele tem certa razão, pois a não há sensatez que de conta de  tanta paixão.

O filme conta a história de Jean-René (Benoît Poelvoorde), dono  uma pequena fábrica de chocolate e Angélique (Isabelle Carré) uma grande confeiteira/chocolateira, mas que tem problemas em se assumir brilhante profissional. Ambos os protagonistas têm dificuldade de se relacionar com outras pessoas: São tímidos, extremamente emotivos e neuróticos. Angélique até freqüenta um grupo que leva o nome do filme, que funciona como o AAA.

Angélique é uma grande chocolateira solitária que está à procura de emprego e de si mesmo. Jean-René é dono de uma pequena fabrica a beira da falência, quase não se comunica com seus funcionários e com outras pessoas. E por acaso Angélique bate na sua fabrica procurando emprego, mas por engano ela é contratada como representante comercial e é deste ponto que a história se desenrola e que a paixão entre os protagonistas nasce, assim como a receita do novo chocolate.

A funcionária se apaixonar pelo patrão seria uma história convencional, caso não fosse pela timidez crônica de ambos  e a paixão pelo chocolate. Angelique em algumas falas diz que o chocolate é sua vida e ai é interessante ver a afinidade dos dois crescerem pelo amor ao chocolate e também a dificuldade de assumirem a paixão.  Uma história que prende o coração, o paladar e ainda promove muitas risadas. Vale cada minuto achocolatado do filme. #ficaadica 

Sobre mim


Muitas vezes tive a mesma dificuldade de Angelique. Em todos os sentidos. Já vive paixões platônicas com medo de me declarar e de viver. Suei frio, ardi e nada fiz. Talvez faltasse o ingrediente que fizeram os dois terem a coragem para se amar de fato: o chocolate.

Trailer do filme:  

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