quarta-feira, maio 04, 2011

As imagens não dizem Nada

O poema abaixo é de um amigo, Anderson Hazenfratz, que foi mais que companheiro de universidade, foi companheiro de vida. Porque há amigos assim, os quais dividimos sonhos, planos, angustias, alegrias e expectativas ( ainda mais qdo se está na universidade)...E que a distância e o tempo não apagam da nossa mente/corAção e sempre estão na gente.

Ontem, eu pensei muito no tempo. Em todos. Na visão e na cegueira. E de repente, ele me envia o poema pelo orkut para eu dar uma lida e uns pitacos. E confesso, o texto de tão rico deu velocidade ao meu dia moroso. Porque as letras têm esse poder de transformação. Compartilho com vocês!


As imagens não dizem Nada

Nesses dias estranhos em que o efêmero e descartável são vias de regra.
Despretensiosamente , surgem pessoas do outro lado da rua e nós atravessam sem bater
As linhas elétricas do quadro colorido não traduzem que realmente elas são.
A graça, a textura das mãos , o brilho do olhar até parece que as estrelas não estão brilhando.
Pena que você não vê o que eu vejo.

Até quando passaremos pela multidão?
Se olhamos para todos e não vemos ninguém
Riscos, imagens, nostalgias de vultos de pessoas que se foram
E que não voltam mais
E cada folha, a cada vento , a cada suspiro
Esperemos em vão a graça de deus por alguém que nos alivie a dor
E nos lembre que um dia fomos felizes.

Como dizem os santos, apenas com transgressão da agonia
que chegaremos a verdadeira epifania divina.

Lembre-se, das velhas músicas, a ampulheta do tempo não nos deixa esquecer
As moléculas de areia não voltam mais
Mas a sensação em vermos aquelas pessoas do outro lado da rua
Tem a magia de subitamente congelá-las, e não nos deixam esquecer
que ainda somos felizes


Obrigado por te conhecer

2 comentários:

Mestre Marcos Silvério disse...

Anderson Hazenfratz.
Um Grande amigo.

Girassol disse...

Sem dúvidas...=)